Tratamento do diabetes – Dados da Universidade de São Paulo (USP) apontam que 77% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento. Como consequência, gastos com internações, perda de produtividade e morte prematura associados à doença chegam a R$ 190 bilhões. “A ausência de tratamento aumenta os riscos de hospitalização, complicações e crises hipertensivas. Isso é ruim tanto para o diabético, como para a saúde pública. Precisamos estimular o paciente e conscientizá-lo sobre a importância da mudança de hábito de vida”, destacou a médica Denise Franco, diretora da ADJ Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Um dos motivos destacados pela médica para a baixa adesão está no desconhecimento do paciente e familiares sobre a necessidade do uso contínuo dos medicamentos prescritos. Por vezes, até mesmo a linguagem técnica do médico dificulta o entendimento do processo por parte do paciente.
“É neste momento que a presença do farmacêutico se torna tão importante. A forma como ele se comunica com o paciente auxilia substancialmente no processo de aceitação, na administração correta do medicamento e, consequentemente, na sequência do tratamento”, ressalta Denise. Segundo ela, a população costuma ter mais contato com o farmacêutico do que com o médico. “Na farmácia o paciente se abre, fala como está se sentindo e identifica o profissional como alguém que pode ajudar”, acrescenta. Para a diretora da SBD, mais que um lugar para compra de remédios, a farmácia é parte do grupo interdisciplinar de que o diabético tanto necessita. “Todos ganham com essa integração. As campanhas de saúde promovidas pelas farmácias representam a promoção de uma verdadeira parceria com a comunidade, que, além de fornecer informação e assistência, pode proporcionar dados reais dessa população”, finaliza.
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