A automação e a inteligência artificial estão impulsionando os farmacêuticos de volta à linha de frente da saúde. Tecnologias como os robôs inteligentes de dispensação de medicamentos estão proporcionando maior agilidade, precisão e segurança nesse processo, além de liberar os profissionais para a essência do seu trabalho, criando vínculos com a população e ajudando a mudar o olhar dos pacientes sobre sua saúde.
“Comparada à rapidez com que empresas como a Amazon usavam tecnologias online, a farmácia tem agido de forma lenta, em função dos requisitos legais e regulamentares de funcionamentos”, avalia Phil Day, farmacêutico superintendente da Pharmacy2U. “Sempre haverá um papel para as farmácias de rua, voltadas para o público, mas elas precisam mudar para se adaptar às novas necessidades de seus pacientes”, afirma.
Algoritmos podem acelerar e agilizar a dispensação
O surgimento de tecnologias que atuam com códigos de barras, que selecionam e embalam medicamentos, com altos níveis de precisão 24 horas por dia, não poderia ter chegado em melhor hora para a saúde. O programa de prescrição eletrônica do Serviço Nacional de Saúde (NHS), da Inglaterra, atua em 93% das cirurgias no país, com uso da inteligência artificial e análise de dados.
Robôs de farmácia são o futuro?
Pesquisa do Pharmaceutical Journal revelou uma redução de 50% dos erros de dispensação em quatro meses após a instalação de um robô em uma farmácia. E um farmacêutico escocês conseguiu mais que dobrar os volumes de prescrição, além de reduzir o tempo de espera de dez para um minuto com o emprego de sistemas de automação. Paul Mayberry, que administra uma rede de sete farmácias comunitárias no País de Gales, criou o serviço PillTime, que entrega embalagens de medicamentos pré-selecionados diretamente aos pacientes após o uso de dados analíticos, com a meta de encontrar clientes que não estavam aderindo aos tratamentos.
O ritmo da mudança está se acelerando e a Rowlands Pharmacy, a quarta maior rede no Reino Unido com 516 farmácias, anunciou recentemente planos de vender 70 para focar investimentos em automação e novos modelos de dispensação. “Mas o avanço da tecnologia deve estar agregado à maior oferta de serviços e um atendimento realmente mais humano dos farmacêuticos, que sejam rapidamente percebidos pela sociedade”, avalia Nitin Sodha, presidente da National Pharmacy Association.
Fonte: Raconteur/ Danny Buckland. Leia a reportagem original aqui.
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