Um estudo da Universidade de York, no Canadá, estabeleceu uma forte associação entre o receio das crianças ao serem vacinadas e o comportamento dos pais. Mais da metade dos pacientes mirins tem medo de agulhas, mas o maior motivo para esse sofrimento está justamente nos grandinhos.
Os pesquisadores analisaram 760 crianças entre quatro e cinco anos, e 202 pais na região da Grande Toronto, desde as primeiras experiências com injeções, ainda bebês. A investigação levou em conta a reação dos pequenos antes e depois da imunização, e a forma como os adultos interagiam com eles nesse momento. “Para alguns meninos e meninas, o temor que antecede a aplicação é tão elevado que eles aprendem a evitar até futuros procedimentos e compromissos médicos”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
Para atenuar esse problema, a Canadian Medical Association publicou uma diretriz para todos os prestadores de cuidados de saúde que administram vacinas. Entre as recomendações estão:
Todas as idades
· A aspiração não deve ser utilizada em injeções intramusculares
· Injete a vacina mais dolorosa durante consultas diferentes
Crianças
· Menores de dois anos devem receber aleitamento materno ou fórmulas, durante a vacinação
· Abrace as crianças de zero a três anos
· Recomenda-se uma posição vertical para crianças com mais de três anos, por proporcionar uma sensação de controle
· Aplicar analgésicos tópicos antes da injeção em menores de 12 anos
· Os pais de crianças com idade inferior a dez anos devem estar presentes durante a vacinação para reduzir os níveis de angústia