Antes de tudo, durante o atendimento clínico, é importante investigar a fundo a forma como o paciente está utilizando os medicamentos, o estilo de vida e o uso eventual de medicamentos que podem alterar os lipídeos. “Caso ele apresente sinais de alerta de risco cardiovascular é fundamental encaminhá-lo ao pronto atendimento”, diz Cassyano Correr, coordenador do programa de Assistência Farmacêutica Avançada, da Abrafarma.
Segundo ele, caso apresentem dor no peito associada a esforços ou valores lipídicos alterados, mas sem diagnósticos de dislipidemia, devem ser encaminhados ao médico, para avaliação e eventual prescrição de tratamento, antes de iniciar qualquer trabalho de acompanhamento. Pacientes sob tratamento com hipolipemiantes, que apresentem valores elevados de colesterol não-HDL, devem ser encaminhados ao médico para revisão do tratamento, caso as medidas de não-farmacológicas e de adesão não funcionem.
“O encaminhamento deve ser feito preferencialmente por escrito. Para facilitar o processo, utilize a própria Declaração de Serviço Farmacêutico para fazer esse encaminhamento”, ressalta. O documento conterá a avaliação do paciente feita pelo farmacêutico e as informações que ele deseja passar ao médico sobre o caso. “A forma de escrever ao médico deve ser a mais objetiva possível. O mesmo documento pode ser usado no encaminhamento de urgência. Destaque no texto que o paciente necessita de avaliação médica com urgência”, finaliza.
Fonte: Correr, CJ; Reis, W.C. Manual 2: colesterol em dia. 1. ed. atualizada. Curitiba: Ed. Practice, 2016. 100 p.