A morbimortalidade relacionada ao diabetes é, em sua maioria, consequência de doenças vasculares (macrovasculares e microvasculares). As complicações microvasculares (microangiopatias) incluem a nefropatia, retinopatia e neuropatia. Já as macrovasculares (macroangiopatias) incluem os eventos coronarianos, cerebrais e vasculares periféricos – a incidência desses últimos, em particular, vem crescendo proporcionalmente ao aumento na expectativa de vida e ao tempo de evolução do diabetes.
A doença cardiovascular, sobretudo o infarto do miocárdio, representa a principal causa de morte em diabéticos. A aterosclerose responde por aproximadamente 80% da mortalidade nesses pacientes e mais de 75% das hospitalizações por complicações. A mortalidade por doença arterial coronariana é três a dez vezes superior em pacientes com diabetes tipo 1; duas vezes em homens e quatro vezes em mulheres com diabetes tipo 2. A incidência de insuficiência cardíaca congestiva também é maior em pacientes diabéticos.
Há uma relação direta entre os níveis de glicemia e o desenvolvimento de complicações crônicas, principalmente a microangiopatia. Estudos epidemiológicos de grande porte, como Steno Study, Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) e UK Prospective Diabetes Study (UKPDS), demonstraram que mudanças no controle glicêmico em longo prazo reduzem a probabilidade de ocorrência de complicações em pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2.
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Fonte: Correr, CJ; Reis, W.C. Manual 3: diabetes em dia. 1. ed. atualizada. Curitiba: Ed. Practice, 2016. 164 p.