Cerca de 85% dos brasileiros que fazem uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) recorrem a um especialista quando não apresentam melhora. E embora ainda estejam atrás dos médicos na escala de confiança, os farmacêuticos são considerados profissionais de referência para quase oito entre dez pessoas que buscam orientações sobre o assunto. O resultado foi apontado por uma pesquisa da ABIMIP em parceria com a IQVIA, que contou com a participação de 2 mil entrevistados.
De acordo com o levantamento, 63% adquirem esses remédios para reagir a males como dor de cabeça, resfriado, cólica e má digestão. Mas se o uso da medicação não surte efeito, 25% já acionam um profissional de saúde no mesmo dia e outros 50%, em até três dias. “Esses consumidores sentem-se mais familiarizados com os sintomas e entendem ser capazes de manejá-los, mas não deixam de procurar o apoio de especialistas, o que demonstra que os brasileiros têm praticado o autocuidado de forma responsável, consciente e segura”, destaca Marli Sileci, vice-presidente executiva da ABIMIP.
Entre as fontes consideradas mais respeitáveis para aconselhamentos sobre os MIPs, 91% revelam confiança nos médicos e 77% veem a farmácia como ponto de orientação. A distância é acentuada na comparação com o Google (46%), os amigos (32%), as lojas online (25%) e as redes sociais (15%). “Com a introdução gradual do modelo de assistência clínica e pela maior facilidade de acesso, os farmacêuticos vêm ganhando relevância para auxiliar a população sobre medidas preventivas”, complementa.
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