O estímulo ao autocuidado torna-se uma estratégia ainda mais necessária em razão da baixa cobertura vacinal no Brasil. Essa realidade contribui para que doenças já erradicadas voltem a preocupar autoridades sanitárias e profissionais de saúde.
A ameaça do ressurgimento de males como sarampo, rubéola e poliomielite levou até à criação de uma força-tarefa envolvendo Brasil, Argentina, Chile e Paraguai. Entidades como a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) mostram-se atentas ao tema e alertam para a importância de incentivar a vacinação especialmente entre crianças. A presidente Isabella Ballalai destacou o tema em entrevista especial concedida à Agência Brasil.
As farmácias podem ter um importante papel no aumento da cobertura vacinal, atuando na imunização e também como pontos de educação em saúde. Desde 2017, esses estabelecimentos podem oferecer vacinação e centenas de farmácias em todo o país já contam com o serviço.
“Estudos internacionais já demonstraram que a introdução do farmacêutico como profissional que educa e aplica vacinas, por sua alta disponibilidade, aumenta a cobertura e reduz o tempo necessário para atingir as metas de imunização de diversas doenças, como as pneumocócicas e a influenza”, ressalta Cassyano Correr, coordenador do programa de Assistência Farmacêutica Avançada da Abrafarma. “As farmácias estão prontas para auxiliar as autoridades de saúde neste momento de crise da cobertura vacinal no Brasil”, acrescenta.