A missão de ampliar a escalabilidade na oferta de serviços clínicos e colocar o paciente no centro da assistência farmacêutica já se tornou prioridade na agenda dos executivos da cadeia da saúde. Mas para que essa transformação seja uma realidade efetiva, é preciso mudar primeiramente o perfil de liderança dentro das instituições, na visão do médico Claudio Lottenberg, que integra o conselho da UnitedHealth Group Brasil e do Hospital Albert Einstein.
Assim como a telemedicina está obrigando o médico a mudar sua formação, o farmacêutico também precisa rever seu papel e atuar a fundo na adesão ao tratamento. “São profissionais que desempenham uma função primordial no gerenciamento de doenças crônicas, de risco cardíaco, da síndrome metabólica e do diabetes. Mas a alta cúpula precisa investir em tecnologia e em treinamentos que estimulem essa categoria a trabalhar com a prevenção”, acredita.
Lottenberg defende ainda que as empresas do canal farma reforcem o engajamento em torno de campanhas de conscientização. “O paciente também tem de entender que o maior controle sobre sua saúde pode ser um processo menos sacrificante e com custo-benefício garantido”, comenta.
O aprimoramento da experiência de saúde também minimizará desperdícios financeiros e de tempo. “No Brasil, a indústria farmacêutica mantém elevados investimentos na produção de medicamentos, mas desconhece as particularidades de cada paciente. Já o varejo reserva esforços desnecessários com 30% dos serviços realizados no balcão, quando sistemas de teleatendimento tendem a ganhar espaço rapidamente”, avalia.
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