Pela primeira vez o número de mulheres que morreram em consequência de um Acidente Vascular Cerebral – AVC ultrapassou o de homens. Os dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia acabam de ser apresentados no SBC 2017 – 72° Congresso Brasileiro de Cardiologia, que terminou no último dia 5, em São Paulo. Foram 50.252 óbitos femininos contra 50.251 masculinos no período de um ano.
“De 2010 a 2015, as mortes por AVC em homens têm seguido uma tendência de queda, enquanto em relação às mulheres verificamos uma elevação quase constante”, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcus Bolívar Malachias.
O AVC é a principal causa de incapacidade no mundo e atinge 17 milhões de pessoas todos os anos. “Controlar os fatores de risco, como a hipertensão, o diabetes, colesterol, tabagismo e sedentarismo, pode reduzir em até 80% as chances de uma pessoa sofrer um derrame”, orienta Malachias. Além disso, a dupla ou tripla jornada de trabalho e o ritmo intenso de atividades com os filhos, a família e a profissão, muitas vezes, impedem a mulher de praticar atividade física e agregam dois outros fatores de risco: a obesidade e o estresse.