Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que uma de suas metas para as próximas décadas é eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública global. O tumor é considerado o terceiro mais frequente em mulheres e a quarta causa de morte do público feminino por câncer no Brasil.
A principal forma de prevenir o câncer de colo do útero é a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV). O farmacêutico Adriano Ribeiro, da Extrafarma, esclarece os principais mitos e verdades sobre a vacina, que está disponível na sala de serviços farmacêuticos em sua unidade da Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo.
As farmácias, desde 2018, vem oferecendo serviço de vacinação com alta qualidade e geralmente mais acessíveis do que as clínicas privadas. A inovação das farmácias vem pela adoção da Plataforma Clinicarx, um software de vanguarda que permite ao farmacêutico analisar a situação vacinal do paciente, orientar sobre as melhores vacinas a tomar e fornecer um registro digital da carteira de vacinação que o paciente pode manter em um aplicativo no celular.
MITO – Apesar de a vacina contra o HPV ter como principal foco as mulheres, ela também é indicada para homens, pois protege contra os tumores no pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais.
VERDADE – A resposta imunológica à vacina é melhor quando aplicada até os 15 anos de idade, antes do início da vida sexual e exposição ao vírus. A aplicação acima dessa faixa etária não é contraindicada, mas é importante saber que pessoas que já tiveram contato com o vírus apresentam uma produção de anticorpos dez vezes inferior do que aquela verificada naqueles que não foram expostos ao HPV.
MITO – Estudos confirmam que são necessárias duas doses, ministradas com um intervalo de seis meses, para que a vacina seja eficaz. Não há pesquisas que indiquem que apenas uma dose seja suficiente para garantir a proteção.
VERDADE – A vacina também é contraindicada em casos de hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer outra substância presente na vacina, histórico de síndrome de Guillain Barré, sintomas que indicam hipersensibilidade grave após tomar uma dose da vacina e gravidez. Se a mulher engravidar após ter recebido alguma dose da vacina, as doses restantes deverão ser tomadas depois do parto.
MITO – Pesquisas já apontaram que a imunidade contra os vírus presentes na vacina dura por pelo menos dez anos, mas ainda não existem estudos que comprovem a duração por um tempo mais longo.