Diante da crise econômica que Portugal enfrentou entre 2010 e 2014, o país se viu obrigado a reinventar seus negócios. A estratégia estendeu-se ao mercado farmacêutico, que experimentou uma queda de 30% no volume de vendas no período. O ano passado marcou o início de uma reação, mas o crescimento de 4% e o movimento de € 4 bilhões ainda são considerados tímidos.
Por essa razão, o varejo farmacêutico, que concentra uma das populações mais idosas da Europa, começa a seguir o exemplo do Brasil ao posicionar a prevenção e os cuidados com a saúde como uma estratégia setorial. A aposta das farmácias portuguesas está nos serviços na casa do consumidor. A ideia é que o paciente possa agendar pelo aplicativo ou diretamente na loja física uma visita de um profissional de saúde para a realização de vários serviços, como coleta de sangue e medição da glicemia e da pressão.
Diferentemente do Brasil, Portugal não possui grandes redes de farmácias e drogarias. Nesse contexto, os aplicativos de venda despontam como ferramentas que funcionam como um marketplace de farmácias, que reúne várias lojas diferentes em um único lugar. Os medicamentos de urgência comprados online devem ser entregues num prazo de até duas horas em qualquer lugar do país.
“Essa ampliação de serviços inclui a contratação de outros profissionais, como nutricionistas e enfermeiros, que oferecem serviços voltados ao controle da obesidade”, exemplifica Paulo Duarte, presidente Associação de Farmácias de Portugal.
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