O sarampo continua a se espalhar pelos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmou 387 casos de 1º de janeiro a 28 de março de 2019, em comparação com 372 ocorrências em todo o ano passado. Trata-se do pior surto da doença desde 2014, quando foram registrados 667 casos, o segundo pior desde que o vírus foi declarado erradicado no país, nos anos 2000.
O sarampo regressa à medida que os pais se recusam a vacinar seus filhos e viajantes não vacinados trazem de volta a doença de outros países. A vacina MMR, que protege contra o sarampo (measles), a caxumba (mumps) e a rubéola (rubella) é a melhor maneira de proteger contra a doença. Duas doses, a quantidade recomendada, fornecem 97% de proteção. No entanto, alguns pais recusam-se a imunizar seus filhos, citando razões religiosas ou informações falsas de que as vacinas causam autismo.
De acordo com o CDC, o sarampo é altamente contagioso, infectando até 90% das pessoas não vacinadas que estão expostas a ele. O sarampo pode ser especialmente perigoso para crianças pequenas, diz o CDC. Pode levar a pneumonia, inchaço do cérebro e até a morte. O CDC recomenda que as crianças tomem a primeira dose da vacina MMR entre 12 e 15 meses de idade e uma segunda dose quando tiverem entre 4 e 6 anos.
Brasil perde certificado de erradicação do Sarampo
No último dia 19 de março, o Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo após a confirmação de mais um caso endêmico e a notificação para a
Organização Pan Americana da Saúde (OPAS). O critério estabelecido para a retirada do certificado é a incidência de casos confirmados do mesmo vírus durante 12 meses. Segundo a OMS, a primeira pessoa infectada dentro do território brasileiro foi identificada em 19 de fevereiro de 2018.
Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a 19 de março de 2019 foram confirmados laboratorialmente 28 casos de sarampo em dois estados do Brasil. Os casos estão relacionados à cadeia de transmissão iniciada em 19 de fevereiro de 2018, sendo 23 no Pará e cinco no Amazonas. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o país registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 confirmações.