Boa parte dos testes rápidos da Covid-19 demonstra sensibilidade adequada a partir do 10° dia após o início dos sintomas. Essa é uma das principais conclusões obtidas nas primeiras análises do Programa de Avaliação de Kits de Diagnóstico para SARS-CoV-2, fundamental para nortear as farmácias na aquisição dos testes e na triagem dos pacientes.
O projeto é uma força-tarefa promovida pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). Os resultados podem ser conferidos no site testecovid19.
As avaliações foram realizadas pelos laboratórios do Hospital Albert Einstein, Dasa, Fleury, Diagnósticos do Brasil, Hermes Pardini, Sabin, Emílio Ribas e Laboratório Central do Hospital das Clínicas da FMUSP. O próximo passo da força-tarefa é a explanação sobre esses indicadores em uma webinar na próxima sexta-feira, 24 de julho, com a participação de representantes da diretoria da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Com as análises foi possível verificar que alguns testes, por exemplo, apresentam desempenho ideal somente quando solicitados após 20 dias de sintomas. Quando se inclui na testagem pacientes com tempo menor do que essa evolução, o resultado pode ser comprometido”, explica Carlos Gouvêa, presidente executivo da CBDL. Se o paciente acabou de ter um contato com pessoa infectada ou já está com alguns sintomas, o correto é testar com o RT-PCR ou com o teste rápido de antígeno, que algumas farmácias já oferecem.
Mas o especialista faz um alerta para o setor. “O laudo entregue ao paciente tem que ser uma combinação de informações entre o resultado do teste, o questionário que é respondido e a anamnese feita pelo farmacêutico”, acrescenta.
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