Em menos de seis meses, cerca de 20% dos pacientes adultos participantes do projeto-piloto do Programa de Controle de Hipertensão do Centro Médico da Universidade de Loyola (LUMC), nos Estados Unidos, obtiveram melhora nos índices de pressão arterial. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a universidade e a Target BP – projeto que une a Associação Médica Americana (AMA) e Associação Americana do Coração.
Para chegar a esses resultados, o LUMC estipulou uma sequência de cinco procedimentos-padrão:
Priorize o controle da pressão arterial – Nos Estados Unidos, a hipertensão não controlada é a causa de mais mortes por doença cardiovascular em comparação a qualquer outro fator de risco. Há cerca de 27 mil pacientes com pressão alta atendidos no LUMC, cujo controle é fundamental para evitar o surgimento de comorbidades.
Atualize o fluxo de trabalho – É importante garantir que toda a equipe de atendimento esteja ciente das atualizações do fluxo de trabalho e das melhores práticas para medir a pressão arterial com precisão. O LUMC garante que cada profissional tenha dispositivos adicionais para medição no consultório e receba suporte contínuo. A AMA também orienta sobre melhorias no fluxo de trabalho, a fim de minimizar a interrupção dos cuidados.
Envolva-se na melhoria contínua da qualidade – Não subestime a quantidade de trabalho necessária para atingir os resultados necessários. Desde o período inicial de avaliação e treinamento até o pontapé inicial e a coleta de dados, o LUMC continua a interagir com médicos e outros funcionários para garantir o sucesso pleno do programa. A instituição também atua para fornecer dispositivos de aferição de pressão arterial aos pacientes e para ampliar a divulgação do projeto.
Profissional especializado – Para aumentar o engajamento da equipe médica, o LUMC convidou o especialista Michael Rakotz, vice-presidente de resultados de saúde na AMA, para falar sobre cuidados primários em hipertensão. “Quando temos médicos conversando com outros médicos, criamos mais envolvimento”, afirma Beatrice Probst, diretora de qualidade e segurança ambulatoriais do LUMC.
Compartilhe aprendizados – Seja vigilante na implementação do projeto, estabeleça contato com médicos e funcionários e discuta as barreiras existentes. O engajamento e as oportunidades de aprendizado em toda a equipe multidisciplinar também são importantes. Para Beatrice, médicos mais experientes podem apresentar certo ceticismo quando se introduz um processo que não faz parte de sua educação inicial. A superação exige mais conversas para demonstrar aos médicos que existe uma maneira melhor de trabalhar.
Fonte: Sara Berg – Associação Médica Americana. Confira o texto original aqui