Covid-19 – Uma pesquisa da Associação Nacional de Farmacêuticos Comunitários (NCPA) dos Estados Unidos confirmou que a pandemia transformará o modo de operação do varejo farmacêutico do país na visão dos próprios profissionais, que lideram estabelecimentos independentes. De acordo com o estudo, 61% dos farmacêuticos esperam um aumento nos testes nas lojas não só para a Covid-19 como também para várias outras doenças. Quase três quartos dos entrevistados disseram que não ofereciam testes no local de atendimento antes da pandemia.
Sessenta e um por cento dos entrevistados também apostam em uma demanda maior por produtos online. “À medida que identifica as facilidades e a conveniência do comércio eletrônico, cada vez mais o cliente evitará as aglomerações e a proximidade social que a ida a um estabelecimento pode proporcionar”, afirma Brian Caswell, presidente da NCPA.
Novo modelo de loja física
Como parte desse novo comportamento do consumidor, o varejo farmacêutico terá de repensar sua loja física, tornando-a um autêntico centro de saúde. Para 56% dos profissionais, o setor deve reforçar investimentos em serviços clínicos, enquanto 52% acreditam que mais farmácias concorrentes promoverão imunizações. Quase 40% acreditam que a telessaúde se tornará uma tendência.
Pagamentos digitais
No Reino Unido, as farmácias comunitárias independentes integradas ao National Health Service (NHS), órgão que serviu de inspiração para o SUS brasileiro, também tiveram que se adaptar em função da Covid-19. Com o início da quarentena, clientes mais vulneráveis passaram a evitar a ida à farmácia por medo de contaminação. Para resolver o problema, o Pharmacy Center, provedora que fornece sites para 1.500 farmácias independentes, criou uma plataforma de comércio eletrônico para recebimento de pagamentos digitais e sem cartão.
Novos cuidados com saúde
Mesmo antes da chegada do novo coronavírus, o cenário de atendimento ao paciente já vivia uma discreta transformação na Europa e nos Estados Unidos. Consultas de saúde online, incorporação de prestadores de serviços de saúde no PDV e monitoramento remoto de pacientes pós-cirúrgicos começavam a se incorporar aos hábitos de usuários e profissionais de saúde. Essa rotina vai ao encontro de recente estudo da Deloitte, apontando que a “inovação do modelo de assistência” é uma das principais tendências que impulsionam os investimentos em tecnologia na área da saúde.
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