As farmácias e drogarias assumiram uma posição de destaque no combate à pandemia da Covid-19, mas não estão imunes aos impactos para o varejo em geral. Como o setor pode administrar esse contraste e garantir sustentabilidade às suas operações, durante e depois da pandemia?
“O aumento da receita em março foi motivado pelo foco na prevenção, com grande demanda por medicamentos, vitaminas, probióticos e homeopáticos contra a gripe, equipamentos de proteção individual (EPI) e autocuidado e produtos de higiene. Mas passado esse comportamento de manada, algumas categorias tendem a se recuperar, tais como produtos para cuidados com cabelos (tintura de cabelo, por exemplo), lâminas de barbear, produtos para depilação, entre outros”, destaca o consultor e farmacêutico Rodrigo Soares Moura.
Após a euforia das compras para abastecimento de estoque, nos primeiros dias de isolamento social, as farmácias passaram a ter um menor fluxo de clientes. “Para cumprir as metas de vendas, é fundamental melhorar o aproveitamento do cliente dentro da loja, aumentando o valor da cesta”, ressalta.
Para Soares, mesmo após a rotina voltar à normalidade, as pessoas vão se dedicar mais ao autocuidado. “Nesse ponto, o farmacêutico deve trazer para si o protagonismo, como um profissional de saúde que tem a missão de agregar valor, assumindo não só a informação técnica como a gestão de algumas categorias. Os serviços farmacêuticos também crescerão após a Covid-19 e se consolidarão como um grande diferencial, levando drogarias que ainda não aderiram a acelerar o processo de implementação”, acrescenta.
O consultor elenca seis pontos de atenção do varejo em período de pandemia e pós-pandemia
1 – Nível de serviço. Ter o produto no lugar certo e no momento certo em que o cliente estiver na loja. Não pode haver ruptura
2 – Gestão do estoque como motor de venda. Evitar excesso de produtos que não têm muita saída
3 – Usar dados de mercado para melhorar a tomada de decisão e minimizar a chance de erros
4 – Aproveitar estratégias de trade para saber como evidenciar os produtos. Colocar na gôndola de ponta do balcão itens relacionados à prevenção da saúde
5 – Cross merchandising. Saber usar a correta comunicação de uma categoria no meio de outra, como o álcool em gel no corredor das fraldas descartáveis
6 – Trabalhar o checkout de acordo com a sazonalidade e entender quais as categorias que podem ser mais bem exploradas
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