No último dia 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus. Até o momento, foram contabilizados mais de 9 mil casos e mais de 200 mortes na China, país onde ocorreu o surto do vírus. O Brasil contabiliza, até o momento, 16 casos suspeitos.
O medo de contaminação pode provocar uma busca desenfreada por máscaras cirúrgicas descartáveis, chegando a esgotar os estoques em farmácias e fabricantes especializadas. Nesse contexto, os farmacêuticos têm um papel preponderante para evitar o pânico e minimizar o impacto da rede de boatos e fake news sobre o assunto. Confira algumas orientações:
Transmissão
O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. A transmissão dos costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Sintomas
Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são febre, tosse e dificuldade para respirar.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Tratamento
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento. No caso do novo coronavírus, são indicados repouso e consumo de água, além do uso de antitérmicos e analgésicos em caso de dor e febre, umidificador no quarto e banho quente.
Prevenção
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Como é definido um caso suspeito?
Pessoas provenientes de qualquer região da China nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios podem ser considerados suspeitos. Existem três situações para definir um caso suspeito:
Situação 1 – Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
Situação 2 – Febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) e histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas
Situação 3 – Febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) e contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
Farmacêuticos na linha de frente Na Austrália, os farmacêuticos estão sendo solicitados a verificar se os clientes com sintomas semelhantes aos da gripe estiveram no Exterior, como última medida para fortalecer a resposta ao coronavírus. O país tem cinco casos confirmados. Já no Reino Unido, a Royal Pharmaceutical Society (RPS) reuniu um pacote de informações que resultou em uma cartilha de orientação distribuída aos farmacêuticos. Eles também são aconselhados a obter o histórico preciso de viagens dos pacientes que chegam à farmácia e à drogaria com suspeita de infecções respiratórias, direcionando-os para profissionais especializados, se necessário.
Veja também: https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/cimed-anuncia-novo-diretor-comercial/