Em parceria com a Universidade Federal do Paraná, a Abrafarma apresenta indicadores positivos de uma pesquisa com 4.897 farmacêuticos, 22% do total de profissionais do setor atuantes nas maiores redes do varejo nacional. O levantamento apontou que os entrevistados estão cada vez mais preparados e identificados com a prestação de serviços clínicos nos estabelecimentos.
Os farmacêuticos responderam 18 perguntas opinativas que avaliam a atitude e a motivação em relação aos serviços farmacêuticos. O perfil comportamental
alcançou um escore médio de 71,9 pontos – levemente acima dos 69,5 pontos observados na última pesquisa de 2013. Porém, o percentual com escore acima de 75 pontos foi de 41,4%, bastante superior aos 29% registrados há cinco anos. “Pontuações iguais ou maiores que 75 demonstram que o farmacêutico tem melhor perfil para a prática assistencial”, explica Cassyano Correr, coordenador do programa de assistência farmacêutica avançada da Abrafarma.
No comparativo entre as regiões do país, profissionais do Norte e Nordeste apresentaram os melhores perfis para os serviços: média de 78 e 75,9 pontos, respectivamente. Cada farmacêutico dessas regiões oferece até dez tipos de serviços ao longo de oito a nove horas semanais com atendimento privativo.
Do total dos entrevistados, 41,9% (2.052) trabalham em farmácias que dispõem de sala de serviços farmacêuticos. Esse número dobrou desde 2013, quando apenas 20,2% dos entrevistados afirmavam dispor dessa estrutura. Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 96% dos farmacêuticos consideram a prática dos serviços clínicos um passo importante para o avanço da profissão. Mais de 93% concordam que a prática pode atrair mais clientes para a loja e 89% entendem que pode ser lucrativo para as farmácias.
“Cerca de 70% concordam que a oferta desses serviços não depende exclusivamente de sua vontade, mas deve estar inserida em um contexto organizacional, em que os líderes e empresários enxergam os serviços como parte de seu negócio principal”, complementa Correr.
O estudou apontou ainda que os serviços mais comumente oferecidos são medida da pressão arterial (84,7% dos farmacêuticos), teste de glicemia capilar (73,6%), campanhas de saúde envolvendo a comunidade (62,9%), programas de acompanhamento para hipertensão, diabetes e colesterol (60,5%, 59,5% e 47,9%, respectivamente), programas contra o tabagismo (57,9%), gestão do peso (56,1%), revisão da medicação (55,5%) e aplicação de injetáveis (52,8%).
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